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Galicia espallada

Unha recolleita da cultura galega

Literatura, historia, arte, música, gastronomía, galeguismo, tradicións, lendas, costumes, emigración

?memoria de Manuela Via? (1929-2013)

O PASAMENTO DE RICARDO FLORES (Bos Aires, xullo de 2002)

Ricardo Flores P?ezDesapareci?Ricardo Flores a los 99 a?s ( ?buena madera la del carballo donde se a?jan los mejores vinos!)
Nos cost?mucho encontrar alguna referencia en internet de este galleguista.

Aqu?transcribimos una biograf? y una foliada como homenaje:

Associa?m Galega da L?gua (AGAL) www.agal-gz.org


(Texto en Galego-Portugu?)

RICARDO FLORES: O PATRIARCA DOS ESCRITORES GALEGOS

Ricardo Flores P?ez nasceu um primeiro de Maio de 1903 no concelho de Sada, na ?ea perif?ica da Corunha. A sua era umha fam?ia de agricultores e, portanto, o meninho tivo que compartir a forma?m acad?ica elementar com a ajuda em tarefas di?ias da fazenda como o cuidado do gado e a sementeira ou recolec?m dos produtos agr?ios. Desde os dez anos assistiu ? aulas unicamente duas horas pola noite durante os meses de inverno. Na sua forma?m autodidacta tiv?om especial relevo a leitura da Virgem de Cristal e os coment?ios p?licos posteriores ao primeiro mitim pronunciado em galego, o que ocorreu em Betan?s com a interven?m de Lugris Freire.

A este “galeguismo natural” -seguindo a defini?m do pr?rio Flores- segue-lhe um contacto directo com o colectivo mais din?ico na reivindica?m galeguista do primeiro ter? do s?ulo XX. Durante a realiza?m do Servi? Militar em Ferrol assistiu a numerosas veladas teatrais organizadas pola
Irmandade da Fala local e dirigidas polos c?ebres Charl? e Hermida. De regresso em Sada, Ricardo Flores estreou-se como autor teatral escrevendo v?ias pe?s curtas (Um filho de bendi?m, Conselhos do Tio Jo? e Querer de comen?cia) que depois seriam encenadas no Pavilhom Moragra e no Salom Su?o da sua vila natal.

Em 1929, Flores emigrou a Buenos Aires. Nesta cidade combinou o trabalho assalariado no sector metal?gico com as actividades art?ticas de escritor, director e actor teatral. Em qualidade de impulsor do movimento associativo  galego foi Presidente da Sociedade Coral Os Rumorosos, Secret?io de Actas
do Conselho da Galiza e membro das directivas da Irmandade Galega e da Comissom Intersociet?ia.

Com Eduardo Blanco Amor, Ram? Su?ez Picallo, Manuel Campos Couceiro, Mois? da Presa e Ant?io Zapata Garcia -entre muitos outros- foi Ricardo Flores um destacado membro da Sociedade Galega Pondal e um activo colaborador do seu ?gao de expressom: a revista A Fouce. V?ios dos seus artigos recolhidos nesta publica?m -todos eles escritos com a norma hist?ico-etimol?ica- permitem-nos qualific?lo como um adiantado do reintegracionismo, como o fora Jo? Vicente Biqueira em A Nosa Terra.

Da sua obra dram?ica est? publicados os t?ulos Un ovo de duas xemas. Comedia rideira en dous pasos (Rueiro, Buenos Aires, 1956) e A nossa terra ?nossa. Um rem?io Malfadado e O afiador (Cadernos da Escola Dram?ica, Corunha, 1992). Dos seus contributos ?m?ica popular podemos achar umha amostra na Escola de cantigas galegas (Caixa Ourense, 1984) e nas Trinta cantigas galegas (Reflexos da doma) editadas pola Associa?m Civil dos Amigos do Idioma Galego.

Para saber mais a respeito deste autor:

LOURENZO, M. e PILLADO MAIOR, F.: O teatro galego, Ed. do Castro, Sada,
1979.

PENABADE REI, B: “Outra voz na procura da emancipa?m nacional: Ricardo Flores”, in Ag?ia, n? 41, Mar?-Junho de 1995.

P?EZ RODR?UEZ, L.: Breve Historia do Teatro Galego na Arxentina, Ed. da Escola Dram?ica Galega, Corunha, 1991, n? 89.

RODR?UEZ G?EZ, J.: “O reintegracionismo na Argentina: o teatro de Ricardo Flores”, in Homenagem a Carvalho Calero, Universidade de Santiago de Compostela, 2000.

Betan?s dos Cavaleiros (Foliada de Ricardo Flores)

A Betan?s tenho de ir
por ver a rapazinha,
que dela fiquei prendado
sem acougo noite e dia.

Uns v? pola terra,
outros polo mar;
eu vou polo rio
amores buscar.

Amores buscar
eu fum polo rio,
e no peito amores
eu trouxem comigo.

Em Betan?s t? bom vinho,
garridas mo?s tamb?;
e quem aqui vem por algo
costa arriba de andar tem.

Uns v? pola terra,
outros polo mar;
eu vou polo rio
amores buscar.
Amores buscar
eu fum polo rio,
e no peito amores
eu trouxem comigo.

B?ia ao dia que a Betan?s
amores fum procurar,
porque dei com a j?a,
talmente a do meu sonhar.

Uns v? pola terra,
outros polo mar;
eu vou polo rio
amores buscar.

Amores buscar
eu fum polo rio,
e no peito amores
eu trouxem comigo.