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Galicia espallada

Unha recolleita da cultura galega

Literatura, historia, arte, música, gastronomía, galeguismo, tradicións, lendas, costumes, emigración

?memoria de Manuela Via? (1929-2013)

Um anaco da Hist?ia da Galiza: a Hist?ia do nacionalismo galego

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por Xerm? Dauz

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Manuel Murgu?

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“Nom temos umha s?cidade populosa, porque todo elemento de riqueza escatimou-se-lhe ? nossas popula?ns durante tr? s?ulos; sobre as nossas eiras pesarom sempre tanto e tam duramente os impostos, que pode dizer-se que aginha os veremos desertos. A emigra?m nom ?j?um mal temporal e sim umha necessidade (...). Lugares inteiros vendem as suas terras, se podem; se nom, fecham as casas e entregam-lhes as chaves ao cura, e come?m o seu caminho. S? lhes queda queimar os ?sos dos seus pais, para que a despedida seja como para sempre (...). Enquanto, para deputados e ministros ?um gram problema a questom militar, que nada importa, mentres se dessangra e morre esquecido um pa? que representa ele s?a oitava parte da popula?m da Espanha. Tais som os resultados da centraliza?m”. Manuel Mart?ez Murgu?. El regionalismo gallego. Ligeras observaciones al discurso le?o por el se?r D. Antonio S?chez Moguel en su recepci? en la Real Academia de la Historia. 1889.

“As regions, ou se se quer melhor, as na?ns com min?cula, resistem com instintiva energia o aniquilamento que as amea? (...). Que o prazo no que tenham de acadar a vit?ia seja mais ou menos longo, importa pouco; o certo, indubit?el para n? ?que, finalmente, o triunfo ha de ser seu (...).

L?gua distinta, dixo sempre, acusa distinta nacionalidade. Sentindo-o assim, a Galiza tivo-se constantemente por na?m de facto; o mesmo quando tinha reis e condes pr?rios (...) que incorporada ?coroa de Castilha (...). ?um facto, pois, que por origem, polo territ?io e a linguagem, de igual jeito que pola sua hist?ia e a comunidade de sentimentos e desejos, estes povos do noroeste formam umha na?m com caracteres pr?rios, distinta em gram parte das que constituem o Estado espanhol. ?um facto tamb? que vive hoje nom a desgosto, mas tampouco de tam bom grau como se supom, baixo o imp?io de gentes e de cousas que lhe som contr?ias (...). Trata com insist?cia de conservar quanto lhe ?privativo e (...) recobrar, polo menos, a sua autonomia administrativa. Nom quer que o poder central, que a desconhece, a governe de todo como umha col?ia (...). Deseja que a sua l?gua seja tam oficial como a do Estado. Que os que tenham de administrar justi? e dirigir a consci?cia do homem do nosso pa?, sejam escolhidos de entre os seus filhos. Que nas reformas precisas para o seu benestar seja ouvida por inteiro (...). Numha palavra, quer a descentraliza?m mais completa, sob todos os aspeitos e em todas as ordens, na moral, na intelectual, no pol?ico e no dos interesses materiais. H?nisto falta algumha de patriotismo?”. Manuel M. Murgu?. Op. Cit.

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Alfredo Bra?s

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“Base 14. O poder regional exerceria a sua fun?m legislativa por meio de Cortes ou Assembleias formadas bem polo sistema da representa?m de gr?ios e classes, bem polo mais ajeitado ? tradi?ns e ao car?ter de cada regiom (...).

Base 15. As Cortes regionais eligir? os indiv?uos do poder executivo que se organizaria numha forma semelhante ao poder executivo central ou segundo as tradi?ns de cada regiom (...).

Base 22. Os carregos e empregos p?licos, benef?ios e honores devem outorgar-se-lhes com prefer?cia e em igualdade de circunst?cias aos naturais da regiom (...).

Base 24. (...) A linguagem regional galega ser?de uso potestativo entre os naturais da nossa regiom, tanto na esfera oficial e p?lica como na privada, e obrigat?ia nas escolas prim?ias em concorr?cia com o castelhano”. Alfredo Bra?s M. Bases generales del regionalismo y su aplicaci? a Galicia. 1892.



Vicente Risco

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“ O idioma ? um dos principais elementos de diferencia?m dos povos, o mais imortante, porque um idioma ?sempre o signo exterior e, se for o caso, determinante dumha cultura mais ou menos desenvolta, e, pois, dumha alma colectiva independente (...). Abonda com o idioma para constituir umha minoria nacional. Pois a Galiza possui um idioma pr?rio falado por as nove d?imas partes da popula?m, nom s?no rural, senom tamb? na maioria das cidades, como qualquera pode comprovar.

?????? Agora bem, um idioma ?umha mentalidade. Existe, pois, umha mentalidade galega, diferente da dos outros povos da Espanha (...). ?apre?da ademais por todo o mundo, que sabe que existe um car?ter galego, um jeito especial de se produzir e de se comportar pr?ria dos galegos e somente dos galegos”. Vicente Mart?ez Risco. El problema pol?ico de Galicia. 1930.

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Castelao

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“Tem a Galiza um idioma pr?rio? Estamos fartos de saber que o povo galego fala um idioma de seu (...). Idioma apto e ajeitado para ser ve?ulo dumha cultura moderna e com o que ainda podemos comunicarmo-nos com mais de sessenta milhons de almas (...).

Tem a Galiza um territ?io pr?rio? Ningu? pode neg?lo. A entidade geogr?ica galega tem fronteiras naturais perfeitamente recortadas, e compreende algo mais que o territorio das nossas quatro prov?cias (...). Aos galegos pode faltar-nos a vontade de criar um ser pol?ico independente; mas nom h?povo espanhol que nos avantaje em amor ?terra natal (...). A p?ria ?a Terra. A Terra que nos deu o ser e que nos recolher?na morte como semente de novas criaturas (...).

Tem a Galiza umha vida econ?ica pr?ria? A esta pregunta ?doado responder afirmativamente. Pode dizer-se que a Galiza ?um pa? pr?capitalista, povoado por trabalhadores que vivem dum m?ero jornal, que eles mesmos sacam da terra ou do mar; sem industrias suficientes para

absorverem o excedente de popula?m campesinha e marinheira; com um paro for?so e com um d?icit pecuni?io constante, que se resolve pacificamente atrav? da emigra?m (...).

Tem a Galiza h?itos psicol?icos reflectidos numha comunidade de cultura? (...). Nom ?poss?el negar a diferencia?m psicol?ica da Galiza (...), abondaria lembrar esse af?, inconscientemente separador dos que nos chamam "?gallegos!" -com sorna- por crerem que sendo diferentes somos contr?ios a eles (...). A nossa Terra diferente cria h?itos peculiares de vida, que se manifestam em cada ?oca sob formas aut?tones de cultura (...).

Qual ?o crit?io dos galeguistas? Para n?, os galeguistas, a Galiza ?umha na?m e tem o direito e o dever de se organizar autonomicamente”. Afonso Daniel Rodr?uez Castelao. Sempre en Galiza. 1944.

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1] O Partido Popular reafirmou em numerosas ocasions que o seu galeguismo bebia directamente de Alfredo Bra?s e de Manuel Pi?iro (do que se fala mais adiante).

[2] Galiza, Euzkadi, Catalunya.

[3] Entre eles, Xos?Lu? M?dez Ferr?, co-fundador da UPG e candidato ao pr?io Nobel de Literatura pola Associa?m de Escritores em L?gua Galega.

[4] E tamb? nota de Pensa Galiza: mui obrigados a ?ia Macinheiras polo seu trabalho. Aguardamos que chegue aginha a parte final J.

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